quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Música é...

Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Como "arte do efêmero", a música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um conceito simples. A música também pode ser definida como uma forma linguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo à alguém.




Um dos poucos consensos é que ela consiste em uma combinação de sons e de silêncios, numa sequência simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se desenvolvem ao longo do tempo. Neste sentido, engloba toda combinação de elementos sonoros destinados a serem percebidos pela audição. Isso inclui variações nas características do som (altura, duração, intensidade e timbre) que podem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou simultaneamente (harmonia). Ritmo, melodia e harmonia são entendidos aqui apenas em seu sentido de organização temporal, pois a música pode conter propositalmente harmonias ruidosas (que contém ruídos ou sons externos ao tradicional) e arritmias (ausência de ritmo formal ou desvios ritmicos).
E é nesse ponto que o consenso deixa de existir. As perguntas que decorrem desta simples constatação encontram diferentes respostas, se encaradas do ponto de vista do criador (
compositor), do executante (músico), do historiador, do filósofo, do antropólogo, do linguista ou do amador. E as perguntas são muitas:


-Toda combinação de sons e silêncios é música?
-Música é
arte? Ou de outra forma, a música é sempre arte?
-A música existe antes de ser ouvida? O que faz com que a música seja música é algum aspecto objetivo ou ela é uma construção da
consciência e da percepção?

Cariocas jogam entrudo durante o Carnaval do Rio de Janeiro em 1822, por Augustus Earle.
Mesmo os adeptos da
música aleatória, responsáveis pela mais recente desconstrução e reformulação da prática musical, reconhecem que a música se inspira sempre em uma "matéria sonora", cujos dados perceptíveis podem ser reagrupados para construir uma "materia musical", que obedece a um objetivo de representação próprio do compositor, mediado pela técnica. Em qualquer forma de percepção, os estímulos vindos dos órgãos dos sentidos precisam ser interpretados pela pessoa que os recebe. Assim também ocorre com a percepção musical, que se dá principalmente pelo sentido da audição. O ouvinte não pode alcançar a totalidade dos objetivos do compositor. Por isso reinterpreta o "material musical" de acordo com seus próprios critérios, que envolvem aquilo que ele conhece, sua cultura e seu estado emocional.
Da diversidade de interpretações e também das diferentes funções em que a música pode ser utilizada se conclui que a música não pode ter uma só definição precisa, que abarque todos os seus usos e
gêneros. Todavia, é possível apresentar algumas definições e conceitos que fundamentam uma "história da música" em perpétua evolução, tanto no domínio do popular, do tradicional, do folclórico ou do erudito.
O campo das definições possíveis é na verdade muito grande. Há definições de vários
músicos (como Schönberg, Stravinsky, Varèse, Gould, Jean Guillou, Boulez, Berio e Harnoncourt), bem como de musicólogos como Carl Dalhaus, Jean Molino, Jean-Jacques Nattiez, Célestin Deliège, entre outros. Entretanto, quer sejam formuladas por músicos, musicólogos ou outras pessoas, elas se dividem em duas grandes classes: uma abordagem intrínseca, imanente e naturalista contra uma outra que a considera antes de tudo uma arte dos sons e se concentra na sua utilização e percepção.





Referências: Dicionário Aurélio do Século XXI

Escola de Música Sol Maior.



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O compositor que rompia barreiras: Beethoven.


Ludwig van Beethoven nasceu em Bonn, na Alemanha, provavelmente em 16 de dezembro de 1770 (já que seu batismo data de 17 de dezembro e era o costume da época batizar as crianças logo após o nascimento). Foi compositor erudito na época de transição do Classicismo para o Romantismo. Muitos críticos o consideram o maior compositor do século XIX, enquanto outros o consideram um dos poucos que merecem o adjetivo de “gênio”.

Neto e filho de músicos, Ludwig recebeu do pai, Johann van Beethoven, as primeiras lições. Seu avô descendia de belgas, donde herdou o van no nome, que diferentemente do von alemão, não representava um distinção de nobreza. Seu pai era tenor na corte de Colônia, onde lecionava; sofria de alcoolismo e costumava ser bastante exigente com a formação musical do filho, que sempre revelou extraordinário talento neste campo, sendo considerado um menino prodígio já aos 12 anos.

A mãe de Ludwig, Maria Madalena Keverich (1746-1787), era viúva quando se casou com Johann, e já havia tido um filho que morrera pouco tempo depois de nascer. A família de Beethoven passou por dolorosas situações. Dos 7 filhos que tiveram, apenas 3 sobreviveram. Mas é impressionante observar como a natureza, através de um família aberta à vida, é capaz de surpreender maravilhosamente a humanidade através de exemplos reais.

Com 9 anos de idade, Beethoven foi confiado ao organista Christian Gottlob Neefe. Compôs suas primeiras peças aos 11 anos. Em 1784, era já o segundo organista da capela do Eleitor. Pouco depois, era o violetista da orquestra da corte.

Em 1787, foi enviado para Viena para estudar um tempo com Mozart, que já estava enfermo, mas teve de voltar a Bonn devido à morte de sua mãe. Com o pai em estado de alcoolismo agudo e com a morte do irmão, passou a ser tutor de seu sobrinho.

Em 1792, muda-se definitivamente para Viena, onde continua seus estudos com Franz Josef Haydn . Durante os anos 90 (do século XVIII), consolida sua reputação como pianista e compõe suas primeiras obras.

Em 1801, Beethoven diz que não está satisfeito com o que compôs até aquele o momento e decide seguir um “novo caminho”. Dois anos depois é possível apreciar o resultado deste “novo caminho”: Sinfonia No.3 em Mi bemol maior Op.55 [Eroica] é obra sem precedentes na música sinfônica e marca o início do período Romântico na Música Erudita.

Os primeiros sinais de surdez surgiram antes que Beethoven completasse 30 anos. Foi extremamente difícil para ele, homem de temperamento forte, aceitar esta situação:

"Era-me impossível dizer às pessoas: 'fale mais alto, grite, porque sou surdo'. Como eu podia confessar uma deficiência do sentido que em mim deveria ser mais perfeito que nos outros, um sentido que eu antes possuía na mais alta perfeição?", escreveu a seus irmãos.

Tentou diferentes tratamentos, todavia nenhum deles fez efeito. O desespero e a depressão foram tomando conta de Beethoven, que chegou a considerar a possibilidade de suicidar-se. Felizmente conseguiu reagir e, usando suas próprias palavras, "agarrar o destino pela garganta".

Enfrentando a surdez progressiva, Beethoven lecionava piano, vendia suas partituras e dava concertos para sustentar-se. Era ele também o responsável pelo sustento dos seus dois irmãos. Estes anos foram os mais ricos em quantidade de obras compostas. Somente a partir de 1 809 começa a ser ajudado por três aristocratas vienenses (o Arquiduque Rudolph, o Príncipes Kinsky e o Príncipe Lobkowitz).

Beethoven ficou totalmente impossibilitado de ouvir aos 46 anos. Em completa surdez compôs ainda 44 obras musicais. Ele não é o único músico que compôs estando 100% surdo, porém é o caso mais conhecido, principalmente pela qualidade de seu trabalho.

A surdez possibilitou que Beethoven se tornasse mais introspectivo, profundo, contemplativo e livre das convenções musicais. Cria, então, algumas de suas maiores obras.

Em 1824 é executada pela primeira vez a sinfonia que muitos consideram a obra-prima de Beethoven: Sinfonia No.9 em Ré menor Op.125.

A Nona sinfonia de Beethoven é uma das músicas mais conhecidas e tocadas no mundo, já foi incluída na trilha sonora de diversos filmes. Outra composição muito famosa de Beethoven, que se popularizou, é a Quinta sinfonia : nos anos 70, sua versão eletrônica virou sucesso nas discotecas e, anos depois, foi usada em propaganda para vender lâminas de barbear ("tchan, tchan, tchan, tchan").

Em 1825, Beethoven compareceu ao ensaio fechado de um grupo que executaria o seu Quarteto em mi bemol maior op. 127. De modo surpreendente, chamou a atenção dos músicos para os menores erros na execução. "Seus olhos seguiam os arcos, e assim ele era capaz de notar as menores flutuações no tempo ou no ritmo, e corrigi-las na hora", afirmou um dos violinistas, Joseph Böhn.

Os últimos anos de Beethoven foram em grande parte dedicados à composição de quartetos de cordas, tendo por resultado obras consideradas visionárias.

Ludwig van Beethoven faleceu de cirrose hepática, após contrair pneumonia. Era 26 de março de 1827. Nesta época estava trabalhando no que seria a sua Décima Sinfonia. Cerca de 10 mil pessoas foram aos seus funerais, entre elas Franz Schubert.

É inegável a influência que Beethoven exerceu na história da música. Tendo enfrentado significativas dificuldades tanto na sua carreira como na sua vida pessoal e familiar, disse certa vez: "Parecia-me impossível deixar o mundo antes de ter dado a ele tudo o que ainda germinava em mim". O mundo agradece.

Por: Danielle Marangon Jung (Texto editado)

sábado, 21 de novembro de 2009

Falando um pouco sobre Musicoterapia.










A musicoterapia é uma forma de tratamento que utiliza a música para ajudar no tratamento de problemas, tanto de ordem física quanto de ordem emocional ou mental
.

A musicoterapia como disciplina teve início no século 20, após as duas guerras mundiais, quando músicos amadores e profissionais passaram a tocar nos hospitais de vários paises da Europa e Estados Unidos, para os soldados veteranos. Logo os médicos e enfermeiros puderam notar melhoras no bem-estar dos pacientes.

De lá para cá, a música vem sendo cada vez mais incorporada às práticas alternativas e terapêuticas. Em 1972, foi criado o primeiro curso de graduação no Conservatório Brasileiro de Música, do Rio de Janeiro. Hoje, no mundo, existem mais de 127 cursos, que vão da graduação ao doutorado.

Como atua o musicoterapeuta?

O musicoterapeuta pode utilizar apenas um som, recorrer a apenas um ritmo, escolher uma música conhecida e até mesmo fazer com que o paciente a crie sua própria música. Tudo depende da disponibilidade e da vontade do paciente e dos objetivos do musicoterapeuta. A música ajuda porque é um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve, e ainda tem, a música em sua vida.

A música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo provoca respostas motoras, que, através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para a expressão corporal.

O profissional é preparado para atuar na área terapêutica, tendo a música como matéria-prima de seu trabalho. São oferecidos ao aluno conhecimentos musicais específicos, voltados para a aplicação terapêutica, e conhecimentos de áreas da saúde e das ciências humanas. São oferecidas também vivências na área de sensibilização, em relação aos efeitos do som e da música no próprio corpo.

Indicações da musicoterapia

Sendo inerente ao ser humano, a música é capaz de estimular e despertar emoções, reações, sensações e sentimentos.Qualquer pessoa é susceptível de ser tratada com musicoterapia. Ela tanto pode ajudar crianças com deficiência mental, quanto pacientes com problemas motores, aqueles que tenham tido derrame, os portadores de doenças mentais, como o psicótico, ou ainda pessoas com depressão, estressadas ou tensas. Tem servido também para cuidar de aidéticos e indivíduos com câncer. Não há restrição de idade: desde bebês com menos de um ano até pessoas bem idosas, todos podem ser beneficiados.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MÚSICA É VIDA

As coisas que parecem muito fáceis, na verdade nos levam a questionar muito. Ao falarmos em Vida, poderemos falar da grande Vida, que existe em todos os seres, e talvez até mesmo nas coisas, que não são exatamente seres. Ou podemos falar de nossa vida curta, aqui na terra.
Então sim, podemos falar de música. Podemos dizer que a música existe na vida, a vida existe na música. Todos os sons da natureza, que não ouvimos porque nossa pequena vida exige de nós todo o tempo que poderíamos dedicar a ouvir a Grande Vida. A música existe em estado natural em todas as coisas: nas cachoeiras;, no barulho do vento nas folhas; nos pássaros;, no matraquear dos cascos dos cavalos no chão; no ronco dos motores na terra, na água e no ar. Enfim, se “afinarmos” nossos ouvidos teremos música permanente sem necessidade de recorrer à aparelhagem eletrônica, nem nos debruçar sobre partituras de grandes mestres.
Contudo, os grandes mestres descobriram sua vida através das composições, assim compositores e intérpretes anônimos descobrem a vida nos sons que eles mesmos emitem. Assim temos sons maravilhosos na própria voz que só fala, no choro de uma criança, ou no tilintar dos talheres da família em redor da mesa.
Até mesmo os surdos usam de música mental para suas necessidades. Beethoven compôs a 9ª. Sinfonia totalmente surdo, o que mostra que podemos “ouvir” sons com os ouvidos da mente. Talvez seja a mesma música que os apaixonados ouvem em seus silêncios cheios de significados
Como falar de vida sem música? Como tirar a música de nossa vida? A música existe como existe a luz, como existe o ar. Ela está intrinsecamente em nós, faz parte de nós e se entranha como um membro do nosso corpo se liga a outro, numa clara demonstração de que o conjunto não está completo se estiver faltando um membro.
Não importa que seja redundância. Quero gritar: Viva a Música!

Luiz Lauschner
Publicado no Recanto das Letras em 08/04/2008

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Muito bom....Você deve assistir!!!


O som do coração conta a historia de um menino chamado Evan Taylor que viveu em um orfanato ate os 11 anos de idade, quando fugiu com a esperança de encontrar seus pais (Layla Novacek e Louis Connelly) através da musica (acreditava que se tocasse seus pais poderiam o ouvir). Na rua Evan encontrou um homem com o apelido de Mago que usou seu dom apenas para ganhar dinheiro não deixando ele seguir seu próprio caminho. Evan encontra um padre que percebe seu talento e o coloca em uma escola de musica que o treina para comandar uma orquestra onde encontra seus pais.

Ótima Recomendação pra vcs galera!!!!

Se liga aí galera!!!!

Falta pouco gente!! Breve, breve estaremos inaugurando a primeira escola de música de Cuparaque - MG.
Cursos de violão, contrabaixo, teclado e bateria nos níveis iniciante e intermediário. Aulas três vezes por semana, com material didático e instrumentos sempre disponíveis.
Estamos aqui só na expectativa hehe....
Fiquem ligados no blog, vamos estar postanto matérias bem legais pra vcs...
Vlw!!! Abração!!!